Chico Buarque, Ana Maria Machado e mais personalidades pedem, em plena COP 30, fim do plástico nas embalagens dos livros
Ana Maria Machado, André Trigueiro, Bruna Lombardi, Chico Buarque, Eliana Alves Cruz , Patricia Pillar, Rosiska Darcy e Sergio Abranches são algumas personalidades, até agora, que assinaram um manifesto contra o uso, no mercado editorial, de plástico nas embalagens dos livros.
"Aparentemente inofensiva, essa película é, na verdade, o símbolo de uma contradição profunda: a de uma indústria que produz cultura e conhecimento, mas ainda não aprendeu a lidar com o impacto ambiental que causa", diz o gestor cultural Afonso Borges, que lidera a iniciativa.
Ele fez contas. Em 2024, o Brasil imprimiu 366 milhões de exemplares. Estimando que 70% deles tenham sido embalados em plástico, estamos falando de cerca de 256 milhões de unidades. Como cada invólucro pesa, em média, entre 1,4 e 2,7 gramas, isto representa de 360 a 700 toneladas de lixo plástico por ano.
"Um material de baixo valor de reciclagem, que quase sempre termina em aterros sanitários e, irremediavelmente, no mar, contribuindo para o pior dos mundos: os microplásticos."
Afonso rebate o argumento das editoras de que o plástico protegeria o livro do calor, da umidade e da poeira. "Mas trata-se de uma proteção efêmera — dura apenas até o momento da compra, quando o leitor rasga o invólucro e o descarta. É um cuidado de minutos que resulta em séculos de poluição", argumenta.
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